Fotos com história
Esta foto foi tirada na década de 50 (fins) ( no recreio das meninas) no 1º ano do ciclo preparatório da Escola Industrial e Comercial de Faro. Eu sou o aluno que está na quarta posição ( de blusão fechado e gravata) na segunda fila a partir de baixo.
Reconhecemos: em baixo - Arsénio, José Feliciano, Cabrita, José Maria, Vaz Velho e Abel.
ao centro - Tempera, Constantino (Tininho), Madeira Guerreiro, Miquelino, Luís Filipe (Lipa), Juvenal, António Machado, Alcídio Cava (falecido recentemente), Chorondo e Brito.
em cima - Rodrigues, Vieira e Terramoto.
Tivemos como professores: Português - Profª Carmona * Matemática - Profª Maria João Gago *Ciências Naturais - Profª Suzete * Desenho - Profª Fernanda* Canto Coral-ProfªMaria Filipa * Educação Física-Prof.Silva Bastos* Religião e Moral-Cónego Falé e Trabalhos Manuais-Mestre Mário.
Foi na excursão de finalistas do ano da graça de 1966 (século passado) que nós, alunos da então Escola Industrial e Comercial de Faro, ficámos a saber do desconhecimento da expressão "tem avonde!" para lá do rio Vascão.Acontece que num restaurante de São João da Madeira, o"bom" do Alberto Lourenço (já falecido) pede uma sopa ao empregado de mesa (criado na altura). Este, sem perder tempo, trás a sopa na terrina (como se usava na tropa) e começa a "despejar" no prato, sem parar, a dita-cuja sopa, enquanto o Alberto Lourenço ia dizendo em alto e bom som, repetidamente, "tem avonde!", até que, já cabisbaixo com tamanha "grosseria" do sr. empregado, o "bom" do Alberto disse: "Já chega de sopa, caro senhor!"Foi nesta altura, já "azeda", que o empregado do restaurante da "terra do calçado" deixou... pura e simplesmente de "despejar" a maldita sopa.
Esta foto ilustra a equipa júnior do Sport Faro e Benfica (este clube é a primeira filial do Sport Lisboa e Benfica) num jogo que efectuou em Lagos no ano de 1964. O resultado foi : Esperança de Lagos (3) - Faro e Benfica (4). Foi um jogo fantástico pelos muitos golos, pela recuperação do Sport Faro e Benfica ( que esteve a perder por três a zero) e pelo apoio entusiástico do muito público que se encontava no campo. Eu sou o quarto jogador a contar da esquerda (em cima). Tinha 17 anos de idade.
Foto tirada no jogo de futebol júnior entre o Ayamonte C.F. e o Sport Faro e Benfica no antigo Estádio de Ayamonte em 16 de Agosto de 1964. O jogo realizou-se às 5 da tarde ( dia de muito sol e calor) e teve como resultado Ayamonte (2) Faro e Benfica (1). A tradicional " fúria espanhola" do Ayamonte (ou de qualquer equipa espanhola na época) surpreendeu a equipa portuguesa do Faro e Benfica com dois golos de "rajada". Um dos golos foi marcado pelo artilheiro espanhol Aparício, mais tarde jogador do Real Madrid. A nossa equipa aguentou o embate e ainda teve arte e engenho para marcar um "golão" a poucos minutos do fim do jogo. O golo foi marcado pelo José Matias ( jogador "fino" e de grande habilidade). O nosso treinador era na altura o sr. Isaurindo, um homem de fino trato ( um dos melhores - senão o melhor guarda-redes de sempre do S. C. Farense). Em cima: sou o segundo a contar da esquerda. (ver fotografia)
A fotografia ilustra uma participação do Coral Santa Maria componente do Grupo de Teatro do Círculo Cultural do Algarve de Faro nos anos 60.Sou o décimo coralista ( de óculos) a contar da esquerda. O segundo elemento coralista é o actor Carlos Quintas. (ver fotografia)
A fotografia, ilustra, a representação da peça " Os Cães" de Tone Brulin ( drama em 3 actos, baseado no Apartheid, na África do Sul), apresentada, no Teatro Lethes, no dia 18 de Abril de 1986, pelo Grupo de Teatro Lethes. Actores: Diogo Infante, Madeira Guerreiro(eu próprio), Joaquim Teixeia e Anselmo Correia. (ver fotografia)
Esta foto foi tirada no Congresso do Sindicato dos Trabalhadores de Escritório e Serviços ( Sitese) na Voz do Operário em Lisboa no ano de 1980. Eu sou o congressista que se destaca pela gravata azul vermelha. Os restantes camaradas formaram a equipa de delegados do Algarve. (ver fotografia)
Depois de ter frequentado, o curso geral, da então Escola Industrial e Comercial de Faro, estive na Guiné-Bissau, nos anos de 68/69/70, como militar, nas zonas de Mansoa, Galomaro Cossé (Bafatá) e Dulombi ( nesta aldeia, fui nomeado para trabalhar na Escola Militar). Passei, nestes anos, momentos inesquecíveis, de companheirismo e amizade junto das populações. Lembro-me, com saudades, da minha escola ( em pleno mato), dos meus alunos interessados pelo ensino ( Jium Sané, de etnia fula, era a moça crioula, mais interessada pelo Português), dos camaradas militares, que eu preparava para os exames escolares e dos magníficos enquadramentos naturais, que constituíam: a mata verdejante, as bolanhas, as tabancas, o pôr do sol, os pássaros exóticos, o "ladrar" do macaco cão ( que se ouvia, lá longe, na calada da noite africana), as noites mágicas de batuques e luar, o "verão escaldante" sempre presente, os tornados acompanhados por chuvas diluvianas, que deixavam um "cheiro africano", nas terras molhadas, os relâmpagos, que "iluminavam" todo o horizonte, a beleza da mulher guineense, a humildade e a cultura ancestral do povo da Guiné-Bissau. Já passaram 35 anos, sobre estes factos, mas a memória, continua presente. Desejo as maiores felicidades, a este país lusófono.
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